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Sentra: panca de garotão, mas postura de ‘tiozão’

Alguns apelidos surgem e não vão embora nunca mais. É o caso do “Tiozão”, alcunha dada ao Nissan Sentra, que não desabona, mas também não agrega. Em maio, a marca japonesa apresentou a primeira renovação de meia vida da atual geração, o que deu ao modelo um visual mais jovial e imponente, com ganhos em conteúdos, mas nenhuma melhora em performance ou desempenho.

Por outro lado, o sedã se qualificou e manteve o preço de entrada inalterado em R$ 80 mil, o que o colocou numa posição de destaque, já que desde a versão mais simples a transmissão é automática do tipo CVT e o controle de estabilidade ESP.

Testamos a configuração topo de linha, SL, que tem preço sugerido de R$ 98.990, e inclui o sistema RCTA, que inclui monitor perimetral, que indica veículos em pontos cegos e alerta quando o carro se aproxima rapidamente do automóvel à frente.

Apesar de não contar com a automação de sistemas mais sofisticados, capazes de tomar a decisão de frear automaticamente, os sensores se mostram muito úteis. Principalmente naqueles lapsos de atenção que, mesmo que não culmine em tragédia, pode resultar esbarrões, trocas de farpas e outros aborrecimentos que devem ser evitados.

No passo do tio

Mas como todo “Tiozão” que viu muita coisa na vida, o Sentra não anseia grandes emoções. A combinação entre o motor 2.0 de 140 cv e caixa CVT garantem um funcionamento suave sem apelo esportivo, que é realçada pela suspensão macia.

Num momento em que seus concorrentes diretos estão apostando em motores turbo, o Sentra tende a ser a última opção para quem busca um comportamento dinâmico mais arisco.

De resto, o Sentra é um automóvel extremamente agradável, bem ao gosto do consumidor norte-americano (que é o verdadeiro público alvo, uma vez que o carro é feito no México). E isso é ótimo, pois o isolamento acústico é impecável, assim como a vedação, que não deixa passar um grão de poeira para o interior. A versão ainda conta com sistema de áudio Bose, que oferece ótima fidelidade, que torna a vida à bordo bem agradável, bem ao gosto do Tio Sam.

Nissan Sentra sl 2.0

O que é?

Sedã médio, quatro portas e cinco lugares.

Onde é feito?

Fabricado na unidade mexicana de Aguascalientes.

Quanto custa?

98.990 (versão avaliada)

Com quem concorre?

O Sentra parte de R$ 79.990 e concorre no cobiçado nicho dos sedãs médios, em que o Toyota Corolla (R$ 68.740 a R$ 106.080) reina supremo. Ainda brigam com o Nissan, Chevrolet Cruze (R$ 89.990 a R$ 108.950) e Honda Civic (R$ 87.900 a R$ 124.900).

No dia a dia

Como já foi dito, o Sentra é um carro feito para atender ao gosto do consumidor norte-americano, e alia muito conforto à bordo, com excelente isolamento acústico e sistema de áudio de alta fidelidade. O pacote de equipamentos da versão conta com direção elétrica, ar-condicionado de duas zonas, sistema de entretenimento com conexão para smartphone, viva-voz, CD, USB, navegador GPS com opção de informação de tráfego e câmera de ré.

Motor e transmissão

A unidade 2.0 16v de 140 cv é uma das opções menos empolgantes do mercado. Por outro lado, a associação com a caixa automática do tipo CVT oferecem um funcionamento suave, além de contar com boa oferta de torque (20 mkgf) em situações como retomadas e ultrapassagens, mesmo que seja necessário espremer o acelerador.

Como bebe?

Abastecido com álcool, a unidade testada registrou média de 6,2 km/l na cidade.

Suspensão e freios

Seguindo a cartilha dos carros norte-americanos, a calibragem da suspensão do Sentra privilegia o conforto. O sedã consegue absorver bem as irregularidades do piso, mas compromete a estabilidade em curvas.

Pontos positivos

- Conforto

- Acabamento e montagem

- Lista de conteúdo

Ponto negativo

- Consumo

- Motor

- Monitor de tráfego exclusivo na versão SL


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