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Empresa de tecnologia faz Gol olhar para o ecossistema de startups

Enquanto o mercado utiliza, geralmente, captação de 86 pontos na face, o sistema da startup atua com 1.024 pontos

SÃO PAULO - Uma visita ao espaço Cubo, em São Paulo, abriu os olhos da companhia aérea Gol para o ecossistema de startups. O diretor de Tecnologia da Informação (TI) da empresa, Paulo Palaia, foi convidado para palestrar no polo de inovação. "No final, eu fui conhecer o espaço e encontrei a Fullface, que está instalada lá. Assim que eles apresentaram a tecnologia de reconhecimento facial eu pensei em utiliza-la no check-in", conta.
De acordo com o CEO da Fullface, Danny Kabiljo, a aplicação, em menos de um segundo, determina um CPF facial para cada indivíduo.
Enquanto o mercado utiliza, geralmente, captação de 86 pontos na face, o sistema da startup atua com 1.024 pontos. Com a tecnologia, é possível registrar maior precisão no reconhecimento.
Kabiljo destaca ainda que o sistema é muito flexível tecnicamente. Isso devido ao seu amplo leque de compatibilidade com softwares ou hardwares. "Nossa solução está disponível para Windows, Web, Android e iOS. O modelo pode ser adaptado para qualquer plataforma", ressalta o CEO.
No caso da Gol, o cliente deve instalar o aplicativo da companhia aérea para ter acesso à leitura facial, por meio da câmera do smartphone. A tecnologia é utilizada somente no processo de autenticação.
A empresa de aviação já tinha a intenção de usar esse método. "Quando pesquisamos, as aplicações eram muito caras e precisavam de câmeras específicas. Com a Fullface não há a necessidade desses equipamentos e o preço é mais acessível", explica Palaia, que não revelou o valor investido no projeto.
Segundo o executivo da Gol, os clientes aprovaram a solução. "Os passageiros ganham muito tempo. Ele [o usuário] faz o cadastro inicial e, na hora do check-in, tira uma selfie". O recurso foi lançado no dia 13 de junho e, em menos de um mês, quase 30% dos check-ins por dispositivos mobile foram feitos com a biometria facial.
A parceria expandiu a visão das duas as empresas. Por um lado, a Gol planeja conhecer o serviço de outras startups. De acordo com Palaia, a aérea normalmente trabalha com grandes players, mas o processo com a empresa nascente foi muito bom.
A Fullface, por sua vez, pretende lançar a tecnologia no mercado aéreo global. "A Gol foi a primeira empresa no mundo a fazer o check-in por reconhecimento facial e divulgou muito esta solução. Com isso, ficamos mais conhecidos no mercado. Pretendemos expandir nossa solução não apenas no Brasil", avisa Kabiljo.
A startup divide sua atuação em duas vertentes: o modelo usado via web e mobile para processos de autenticação e o modelo On Premise, usado em controles de acesso. O objetivo é, neste ano, duplicar o número de clientes nas duas verticais, na comparação com 2016.

Trajetória
A startup iniciou suas atividades em 2012, mas, por dois anos, apenas testou o algoritmo. O aporte para desenvolvimento não é divulgado e teve a contribuição inicial de investidores-anjo. A empresa, instalada no Cubo, já realiza cerca de 200 mil autenticações por mês e conta com dez clientes, entre eles o Serasa, Itaú Unibanco e Motorola.
Para monetizar com a aplicação, a empresa cobra um taxa inicial e mensalidades pelos serviços prestados. De 2015 para 2016, a startup, que já atingiu o ponto de equilíbrio, multiplicou em dez vezes o faturamento. A expectativa para este ano é crescer cinco vezes em relação ao ano anterior.
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